domingo, 13 de abril de 2014

A Carta

 
 
 
Palavras caem no vazio,
Mas para refletir a alma, escrevo-te; A carta.
Devo dizer-te, que na impressão da tarde…
Nada me dá mais abrigo, que estas simples palavras, que caem no vazio.
Faço desta carta, o meu mais absurdo sentimento…
E o  meu mais absurdo pensamento.
Esta carta não será nunca remetida, mas nela (carta)....
Ajusto tudo o que mais te queria dizer.
Mas não serão! 
Não serão apenas palavras nuas, serão apenas palavras
Que caem no vazio e não as irás ler.
 
Se eu fosse Deus. Mudava a terra e o mar…
Ou quem sabe; mudava o dia e talvez remetia.
Remetia a carta a marcar um dia para te encontrar.
 
É verdade!
Que faço eu; Senão pensar em ti, e lembrar que me esvaziaste
De coisas incertas onde duvido que alguma vez...
As consigas preencher de coisas certas.
Esta carta é para ti.
Tirei-a do vínculo do coração.
Que despertou a nudez de um papel...
Onde a minha alma não resiste, e me coloca paralela a um canto da tarde...
Escrevendo-te o meu grito alucinado.
 
A carta virou um poema, com uma testemunha serena,
Por gesto ou definição as cartas são poemas...
E os poemas cartas são.
 
13-04-2014
16h29m
Autoria…Elsa Nunes.